Cidadania

Recolhemos alguns pontos dos escritos de São Josemaria sobre a necessidade de sermos bons cristãos e bons cidadãos na nossa sociedade.

O mundo nos espera. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo porque Deus assim no-lo ensinou: "Sic Deus dilexit mundum..." - tanto amou Deus o mundo -; e porque é o lugar do nosso campo de batalha - uma formosíssima guerra de caridade -, para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar.

Sulco, 290

Não se pode separar a religião da vida, nem no pensamento nem na realidade cotidiana.

Sulco, 308

Deus quer que sejamos muito humanos

Se aceitamos a nossa responsabilidade de filhos de Deus, devemos ter em conta que Ele nos quer muito humanos. Que a cabeça toque o céu, mas os pés assentem com toda a firmeza na terra. O preço de vivermos cristãmente não é nem deixarmos de ser homens nem abdicarmos do esforço por adquirir essas virtudes que alguns têm, mesmo sem conhecerem Cristo. O preço de cada cristão é o Sangue redentor de Nosso Senhor, que nos quer - insisto - muito humanos e muito divinos, diariamente empenhados em imitá-lo, pois Ele é perfectus Deus, perfectus homo, perfeito Deus, perfeito homem.

Amigos de Deus, 75

“É tempo de esperança, e eu vivo deste tesouro. Não é uma simples frase, Padre - dizes-me -, é uma realidade”. Então..., o mundo inteiro, todos os valores humanos que te atraem com uma força enorme - amizade, arte, ciência, filosofia, teologia, esporte, natureza, cultura, almas... - tudo isso, deposita-o na esperança: na esperança de Cristo.

Sulco, 293

Dar felicidade aos outros

Tu, que vives no meio do mundo, que és um cidadão como os outros, em contacto com homens que dizem ser bons ou ser maus...; tu, tens que sentir o desejo constante de dar aos outros a alegria de que gozas, por seres cristão.

Sulco, 321

Precisas de formação, porque deves ter um profundo senso de responsabilidade, que promova e anime a atuação dos católicos na vida pública, com o respeito devido à liberdade de cada um, e recordando a todos que têm de ser coerentes com a sua fé.

Forja 712

Pleno direito a viver no mundo

O cristão vive no mundo com pleno direito. Se aceitar que Cristo habite em seu coração, que Cristo reine, a eficácia salvadora do Senhor estará intensamente presente em todas as suas ocupações humanas. E não interessa que sejam ocupações altas ou baixas, como se costuma dizer, pois um ápice humano pode ser aos olhos de Deus uma baixeza; e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um ápice cristão, de santidade e de serviço.

É Cristo que passa, 183

Escreveu também o Apóstolo que “não há distinção entre gentio e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos”. Estas palavras são válidas hoje como ontem: perante o Senhor, não existem diferenças de nação, de e raça, de classe, de estado de vida... Cada um de nós renasceu em Cristo, para ser uma nova criatura, um filho de Deus: todos somos irmãos, e temos de comportar-nos fraternalmente!

Sulco, 317

Tu, pela tua condição de cristão, não podes viver de costas para nenhuma inquietação, para nenhuma necessidade dos teus irmãos os homens.

Forja, 453

A tua tarefa de cidadão cristão

Disse que não procurava descrever crises sociais ou políticas, derrocadas ou mazelas culturais. Sob a perspectiva da fé cristã, venho-me referindo ao mal no sentido preciso de ofensa a Deus. O apostolado cristão não é um programa político nem uma alternativa cultural: consiste na difusão do bem, no contágio do desejo de amar, numa semeadura concreta de paz e de alegria. E desse apostolado derivarão sem dúvida benefícios espirituais para todos: mais justiça, mais compreensão, mais respeito do homem pelo homem.

É Cristo que passa, 124

Esta é a tua tarefa de cidadão: contribuir para que o amor e a liberdade de Cristo presidam a todas as manifestações da vida moderna - a cultura e a economia, o trabalho e o descanso, a vida de família e o convívio social.

Sulco, 302